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Cuidado, tomar remédios por conta própria pode matar

    Um comprimido para dor de cabeça, outro para náuses, algumas gotinhas para as cólicas e um pozinho milagroso para inchaços e queimações. Você certamente toma esse remedinhos, aparentemente “inofensivos” nestas e em outras situações sem consultar um especialista.

    O que talvez você não saiba é que a automedicação responsável pela morte de 20 mil pessoas por ano no país, segundo a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica, sendo a maior parte dos casos resultante de intoxicação e reações alérgicas. E quando não mata o paciente, este procedimento pode retardar o diagnóstico de uma doença mais grave, comprometendo o tratamento.

    Em crianças, o mau hábito é ainda mais perigoso, já que a ingestão de remédios sem conhecimento e orientação de um médico pode levar ao aparecimento de diversas doenças e fazer com que a criança crie resistência a várias bactérias, reações de hipersensibilidade, dependência e sintomas de abstinência.

    A automedicação é um ato de irresponsabilidade, tanto para quem consome os medicamentos, quanto para quem os vende sem critérios. Remédios para dores de cabeça, por exemplo, quando vendidos e consumidos de forma errada, podem complicar os casos de Dengue – doença que atinge milhares de brasileiros todos os anos, no período chuvoso. Isso porque há analgésicos que contém substâncias que agravam os sintomas ao invés de eliminá-los.

    automedicacao

    Outro exemplo de automedicação muito comum são nos casos de gripe. O ideal é que doente fique em repouso e beba bastante líquido. Porém o que acontece, na prática, está bem longe disso. Alguns antigripais além de não serem eficazes, aumentam o risco de piorar o quadro do paciente. Os xaropes, quando usados em exagero, facilitam uma arritmia cardíaca. Além disso, os remédios para febre e os descongestionantes, se usados de forma errada podem levar ao aumento da pressão arterial e os antitérmicos podem facilitar o desenvolvimento de algum tipo de lesão no fígado.

    Para não banalizar

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou recentemente que estuda uma nova regulamentação para controlar a venda de  medicamentos de tarja vermelha. Além disso, desde 2010, a entidade já exige a retenção de receita para antibióticos, como já acontece com os medicamentos de tarja preta.